sexta-feira, 30 de abril de 2010

Energia E Consumo

O consumo de energia pode refletir tanto o grau de industrialização de um país como um grau de desenvolvimento e bem estar da sua população em termos médios. O consumo de energia nos países mais industrializados é aproximadamente 88 vezes superior ao consumo dos países menos desenvolvidos.

PIB E O Consumo de Energia
A relação entre o PIB dos países e seu consumo de energia vem sofrendo uma profunda transformação, desde a década de 70, quando da primeira grande crise do petróleo, e mais notadamente a partir da década de 90, embora neste período mais recente, por outros motivos, além dos apenas econômicos, o que se notava antes, de maneira resumida, era que, quanto maior o PIB - ou seja, quanto mais desenvolvido o país - maior também era o seu consumo de interno de energia.Tal fato é facilmente compreendido quando lembramos que um PIB elevado significa um mercado suficientemente forte para garantir um consumo igualmente forte e um setor industrial capaz de, por seu lado, garantir a transformação de bens primários em bens de consumo, num círculo virtuoso que leva a mais crescimento econômico e a um PIB crescente.Os países hoje considerados como desenvolvidos sempre tiveram uma indústria notadamente forte, e dentro da indústria, o setor siderúrgico sempre mereceu destaque, por sua evidente importância enquanto fornecedor do que poderíamos classificar como insumos de base para o desenvolvimento.E por ser o setor siderúrgico um grande consumidor de energia, a relação entre PIB e consumo energético dos países, desde o início de seus processos de industrialização, sempre foi bastante evidente. De forma simplificada, tratava-se da simples equação de quanto maior o consumo de energia do país, maior o seu PIB.Esta relação, contudo, tornou-se hoje muito mais complexa. Embora a relação entre consumo energético e PIB nos países desenvolvidos continue mantendo o mesmo perfil, o fato é que os países mais industrializados do mundo vêm lutando para reduzir o seu consumo interno de energia (e efetivamente o estão fazendo), sem que, no entanto, isso signifique que sua riqueza interna esteja em queda ou que seu nível de industrialização esteja regredindo.Trata-se de um efeito direto dos problemas do petróleo - a grande fonte primária mundial de energia - que se evidenciam cada vez mais. Não apenas a escassez (e no futuro, o esgotamento total das reservas planetárias), mas também os problemas geopolíticos e ambientais, levaram os países mais desenvolvidos a procurar novos processos de produção que permitissem otimizar seus resultados mantendo a capacidade produtiva, mas gastando menos energia).Enquanto os países desenvolvidos possuem meios de buscar a otimização de processos produtivos (e, mais importante, já têm uma estrutura produtiva bastante ampla), os países em desenvolvimento necessitam continuar seu processo de crescimento - o que requer ampliações constantes na estrutura e uso crescente de energia. De fato, os países em desenvolvimento só não desequilibrarão a balança para o lado do crescimento do consumo mundial de energia por força de poderem dispor, embora indiretamente e embora nem em todos os setores produtivos, de alguns dos processos de uso racional de energia, criados pelos países desenvolvidos. Isso permitirá aos primeiros manter suas taxas de crescimento do PIB sem que seja necessária uma demanda mais significativa de energia.

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